Em janeiro, se uma gigante da tecnologia perguntasse aos consumidores se eles queriam compartilhar seus dados de localização e estado de saúde com estranhos, ou se um empregador pedisse aos funcionários que medissem a temperatura diariamente, muita gente provavelmente mandaria essa ideia às favas. Mas, com o número de mortes nos EUA pela pandemia do coronavírus ultrapassando 80 mil, mais americanos podem estar priorizando a saúde pública e deixando de lado a desconfiança em relação às grandes empresas de tecnologia e às invasões cotidianas de privacidade.
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Heather Federman, vice-presidente de privacidade e políticas da BigID, empresa que utiliza aprendizado de máquina para ajudar outras empresas a proteger os dados de seus clientes e funcionários, afirma que não está claro por quanto tempo essas violações de privacidade ocorridas durante a pandemia permanecerão em vigor.
"Parei de usar a expressão 'voltar ao normal', porque não acho que voltaremos a ser o que era antes", disse ela.